quarta-feira, 1 de julho de 2009

RELATÓRIO DE ALFABETIZAÇÃO



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
RELATÓRIO DE ALFABETIZAÇÃO
PROFESSORA: GEOVANA ZEN
ORIENTAÇÃO: SOLANGE MACIEL E MARGARETH DOURADO

CURSISTAS: DULCENALVA ARAUJO NOVAES ALECRIM, JOSÉ NILDO NUNES SANTANA , ERIANDE ALVES CAVALCANTE BONFIM E NUBIANEI OLIVEIRA DA SILVA SOUZA


INTRODUÇÃO:


A compreensão do sistema de escrita é um processo de conhecimento; o sujeito deste processo tem uma estrutura lógica e ela constitui, ao mesmo tempo, o marco e o instrumento que definirão as características do processo. A lógica do sujeito não pode estar ausente de nenhuma aprendizagem, quando esta toma forma de uma apropriação de conhecimentos".(FERREIRO & TEBEROSKY,1986)

O
objetivo da atividade, é levar os alunos a avançarem na reflexão sobre as estratégias de leitura e escrita. A atividade foi realizada na Escola Municipal Paraíso, na sala da Professora Nubianei Oliveira da Silva Souza, com uma turma de 1º ano do ensino fundamental I, composta por onze meninas e quatorze meninos, totalizando vinte e cinco alunos, sendo que, vinte destes frequentaram a Escola de Educação Infantil e cinco estão frequentando a escola pela primeira vez.Das onze alunas, uma é portadora de necessidade especial. Segundo laudo médico, apresenta deficiência mental leve.Para alcançar o objetivo, preparamos uma aula para diagnosticar as hipóteses de escrita desses alunos, acreditando que o professor consegue planejar uma boa aula quando conhece o nível de conhecimento de sua turma. Após a avaliação diagnosticada, agrupamos os alunos por hipóteses aproximadas e realizamos uma atividade previamente planejada, na qual os alunos utilizavam estratégias de escrita para compor o texto, identificavam e justificavam suas produções. Durante a execução da atividade, observamos a interação entre as duplas. Todos os alunos demonstraram interesse em realizar a tarefa, mas ao registrarem as palavras, nem todos sentiram segurança. Na leitura a maioria utilizou a hipótese silábica.Utilizamos a cantiga de roda ‘‘o sapo não lava o pé’’ pois todos os alunos sabiam de memória. Organizamos a atividade em letras, palavras e frases, agrupando os alunos na seguinte ordem: alfabético com alfabético para trabalhar com banco de letras; pré-silabico com silábico sem valor. Esses trabalharam com as frases; silábico com valor e um alfabético, utilizando as letras do texto.
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.DIAGNÒSTICO:

Plano de Aula:

Objetivo:

- ­­Diagnosticar as hipóteses de escrita dos alunos.

Conteúdo:

– Escrita de palavras de mesmo campo semântico.

Atividade:

– Ditado de palavras polissílabas, trissílabas, dissílabas e monossílabas._ Frase com palavras contextualizadas.

Consigna:

– Hoje, vocês irão realizar uma atividade com o auxílio de três pofessores. Cada um irá escrever uma lista com nomes de animais. O professor vai chamar um aluno por vez e vai ditar as palavras. Após a escrita, cada aluno vai ler o que escreveu.

Lista de Palavras:

Tartaruga - Cavalo - sapo - rã.

Frase:

O sapo mora na lagoa.


PLANEJAMENTO

Plano de aula.

Objetivo:

Montar texto de memória, identificando frases, palavras e letras.

Conteúdo:

Produção de leitura.

Estratégia
:

Agrupamento dos alunos por hipóteses aproxinadas.

Metodologia
:

Texto popular recortado em tiras palavras e letras.

Avaliação
:

Registro e observação.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

Durante a execução da atividade, observamos a interação entre as duplas. Todos os alunos demonstraram interesse em realizar a tarefa, mas ao registrarem as palavras, nem todos sentiram segurança. Na leitura a maioria utilizou a hipótese silábica.Utilizamos a cantiga de roda ‘‘o sapo não lava o pé’’ pois todos os alunos sabiam de memória. Organizamos a atividade em letras, palavras e frases, agrupando os alunos na seguinte ordem: os alfabético com alfabético para trabalhar com banco de letras;Os pré-silabico com silábico sem valor. Esses trabalharam com as frases;silábico com valor e um alfabético, utilizando as letras do texto .No agrupamento dos alfabéticos, ao montar a frase, um aluno colocou a letra U no lugar do O e para a palavra SAPO. E na escrita da palavra PORQUE utilizou as letras POQ e o colega do grupo, acrescentou a letra E. Eles organizaram as palavras sem segmentação percebendo ao ler a falta de espaço. Ao termino da montagem perceberam que havia sobrado letras argumentando com a professora, que sentiu necessidade de fazer intervenções.Os alunos pré-silábicos com os silábicos utilizaram as frases. Ao organizarem o texto, eles utilizaram a estratégias de observar a primeira e a última letra das palavras. Ficaram confusos quando encontravam frases que iniciavam com letras iguais, sentindo a necessidade de analisar a segunda letra.Segundo KLEIMAN, o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto.A aprendizagem é uma troca, interação, participação. É o resultado de um confronto entre diferentes hipóteses ou pontos de vistas.Assim é essencial conhecer o nível em que está a turma, seus avanços e dificuldades. Desse modo, observamos que os desafios do planejamento são grandes, considerando a diversidade de hipóteses dos alunos. Porém é possível planejar uma boa aula e proporcionar aos alunos, atividades adequadas para levar cada um a apropriar dos saberes que os levam à plena alfabetização. Tivemos o cuidado de intervir junto á criança com necessidade educacional esprcial, pois já é notável um avanço que contradiz a opinião do médico. Segundo laudo médico, ela seria incapaz de aprender qualquer coisa. Porém, já grafa algumas letras do seu nome e tem interesse em realisar atividades proposta pela professora.Percebemos o envolvimento das crianças e a satisfação em seus rostos, quando concluiam a tarefa e liam para a professora. Alguns questionavam a participação do colega, sempre com um auto elogio, deixando transparecer o prazer por ter conseguido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Partindo da reflexão das atividades desenvolvidas em uma turma de alfabetização, proposta pela professora Geovana Zen na oficina de alfabetização, acreditamos que o desenvolvimento do processo da leitura e da escrita é de grande importância nas classes de alfabetização, pois a partir do momento em que a criança começa a ler e a escrever, passa a ter uma nova maneira de interpretar fatos que acontecem no mundo em que vivem. Antes mesmo da criança saber ler socialmente, ou seja, ler como as pessoas alfabetizadas, já observa, pensam e vão adquirindo concepções individuais a respeito dos símbolos linguísticos. Tais concepções serão muito importantes para desenvolver a consciência do valor social da língua, que começam a ser construídas desde o nascimento. O trabalho foi elaborado pelo grupo de professores cursistas que trabalham nesta instituição de ensino. A discussão está sendo em torno da questão: É possível alfabetizar todas as crianças de uma sala? De acordo com o que analisamos, acreditamos na possibilidade de alfabetizar todas as crianças de uma turma, embora em um espaço de tempo diferente.

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