quarta-feira, 1 de julho de 2009

A CULTURA DO ISOLAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO- FACED/PROJETO IRECÊ
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA- SÉRIES INICIAIS/ENSINO FUNDAMENTAL.
CICLO DOIS
ATIVIDADE- 2213- Narrativas que apresentam histórias de ser professor
ORIENTADORA- Marcea Sales
CURSISTAS: Macicleide, Daniela, Dulcenalva, Geralda e Gicélia

A cultura do isolamento na profissão educativa resultou na separação entre o compromisso e a satisfação no trabalho beneficiando os que se comprometem pouco e criando nas instituições educativas um ambiente favorável à falta de solidariedade e ao estabelecimento de lutas internas. (Imbernon, 2007, p. 10).A escola não evoluiu como deveria por falta da autonomia dos sujeitos que realmente fazem a educação. Sempre pensando no que os outros pensam e como vão ver seu trabalho, passam a vida procurando seguir modelos e métodos impostos pelos que só trabalham pela educação de forma indireta. Muitos professores trabalham buscando adequar seus planos e sem entender direito o sentido de tal modelo, seguem no "escuro", na esperança do sucesso.
O modelo que está imposto, resulta em professores insatisfeitos com os resultados obtidos diante de tais regras. Com esse sistema de ensino, as organizações não ajudam a romper com o isolamento. No entanto, as salas de aula tornam-se cada vez mais isoladas e os professores realizam seus planejamentos e conduzem suas aulas como achar conveniente, usando de metodologias e recursos próprios que considerem coerente com a realidade da turma.
Idéias e pensamentos que surgem com as experiências vividas não são liberadas nem socializadas, devido à cultura do silêncio e isolamento. As salas de aula representam células que unidas se transformam num corpo. Diante desse contexto, isso seria o ideal. Um corpo em funcionamento compartilhando seus saberes e experiências de vidas, tomando como base suas histórias e as histórias dos outros numa troca de conhecimento que gera educação interativa e colaborativa.
Entretanto, continuamos acreditando que a educação é o melhor caminho para a solução dos problemas sociais, políticos e éticos do país, que não basta querer ter uma educação de qualidade. É preciso que convençamos o maior número possível de pessoas a juntar-se a nós, não para pensar da forma que pensamos, lutar sozinho é mais difícil e desgastante. Como resultado de um trabalho isolado, estamos vivenciando essa realidade nos dados obtidos no índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) tanto no âmbito municipal, estadual e federal. Sendo assim, esse resultado também é isolado.
E possível um "contrabando social do conhecimento", e, para isso, é preciso haver articulação entre os professores e ter hábito de investigar e investir na construção de novas metodologias educativas. Como diz Imbernon(2007, p. 11): É necessário ouvir as vozes e os relatos dos professores para desvendar uma parte do interior do ofício, para recuperar a esperança de que a paixão de ensinar ainda seja possível, dar a voz aos professores e professoras para que narrem o que sentem sobre sua vida profissional.
Em consonância com Imbernon, Marcea Sales, professora e doutora em educação encontra eco para argumentar a escolha pela pesquisa ação-formação, adotando com método de pesquisa a história de vida dos professores.
Diante das discussões e análises dos textos propostos para leitura, chegamos à conclusão que, para acabarmos com a prática do isolamento nas salas de aula, é necessário o professor saber organizar-se em um trabalho colaborativo, solidário e participativo, no qual a troca de experiências sejam elas bem sucedidas ou não, tragam contribuições produtivas.
REFERÊNCIAS:
IMBERNON, Francesc. Aprender com histórias de vida. Pátio. Revista Pedagógica. Ano XI nº 43 ago/out 2007.
SALES, Marcea- (H)A vida na história. (texto ainda não publicado)

Um comentário:

Bonilla disse...

Olá dulcenalva,
o blog está ficando legal. Estou gostando ver. Agora, traga mais imagens, vídeos, links, para dar mais dinâmica e hipertextualidade ao ambiente.
um abraço